22 de setembro de 1935
Grêmio: Lara (Chico), Dario e Luiz Luz; Jorge, Mascharenhas e Sardinha II; Laci, Russinho, Artigas, Foguinho e Divino.
Inter: Penha; Natal e Risada; Garnizé, Andrade e Levi; Tijolada, Tupã, Mancuso, Darci Encarnação e Honório.
Árbitro: Francisco Azevedo
Gols: Foguinho e Laci
Local: Estádio da Baixada
O título mais comemorado da história do Grêmio
Nenhum gremista tem dúvida que o título tricolor mais importante foi o Mundial Interclubes obtido em 1983. No entanto, por mais estranho que pareça atualmente, a conquista mais comemorada da história do Grêmio é bem mais singela, embora marcante no seu tempo: o citadino de 1935.
Conhecido como "Campeonato Farroupilha", por ter sido disputado no ano do Centenário da Guerra dos Farrapos, o título foi obtido no Grenal que marcou a despedida de Eurico Lara dos gramados.
Verdadeira legenda tricolor, titular do Grêmio durante cerca de 15 anos, Lara já estava doente, com problemas pulmonares, e teve que ser substituído no intervalo, depois de passar mal. Saiu direto para o hospital, onde faleceria dias depois.
Na decisão de 22 de setembro de 1935, no estádio da Baixada, o Inter entrou com a vantagem do empate, conseqüência de uma derrota do Grêmio para o Força e Luz na rodada anterior. Para piorar a situação gremista, a doença de Lara se agravaria e os médicos não queriam que ele jogasse.
Contam que a confiança colorada era tão grande que um colorado se deu ao trabalho de recolher 11 cachorros de rua e pintá-los de vermelho. O plano era soltar a cachorrada em pleno campo do rival para fazer farra após a conquista do troféu.
Apesar do favoritismo colorado, o primeiro tempo terminou sem gols. O drama gremista aumentou no intervalo. Com fortes dores no peito, Lara foi substituído por Chico.
Veio o segundo tempo e o Grêmio não encontrava o caminho para chegar ao gol de Penha. O zero a zero era suficiente para o adversário. Na época, cada tempo tinha 40 minutos. Faltavam três para a partida terminar quando o Grêmio teve uma falta na intermediária.
Reza a lenda que o também lendário Foguinho se aprioximou do companheiro Mascarenhas e mandou ele levantar na área colorada: - Levanta no meio da área que o Risada vai tirar e eu vou pegar o rebote, teria afirmado.
Verdade ou mito, foi o que aconteceu. Mascarenhas levantou na área, Risada fastou e Foguinho apanhou o rebote. Chutou de pé esquerdo, da meia lua da área, sem deixar a bola cair no chão. Um petardo indefensável. Direto para a rede colorada.
Desesperados, os jogadores do Internacional deram a saída sem muita atenção. Permitiram que Foguinho retomasse a bola e partisse rapidamente para o ataque. O goleiro Penha saiu tentando fechar o ângulo. Foguinho, então, rolou para Laci, que só teve o trabalho de fazer 2 x 0.
A festa começou no campo e entrou noite adentro na Baixada. Emocionado, ao técnico Sardinha sugeriu que o título fosse comemorado todos os anos dali para frente. É por isso que desde 1935, a cada 22 de setembro, o Grêmio realiza, dentro de sua programação de aniversário, o Jantar Farroupilha.
Outra curiosidade sobre o assunto é que muita gente pensa que a festa lembra a conquista do estadual daquele ano, quando o título foi municipal. Naquela época, o Gauchão era decidido entre o campeão de Porto Alegre e o campeão do Interior.
O Grêmio venceu o citadino, mas perdeu o regional para o 9º Regimento, de Pelotas. Mais adiante, quando precisou mudar de nome por ordem do governo Vargas, o time pelotense adotou a denominação Farroupilha também em homenagem à conquista de 1935, no Centenário da Revolução Farroupilha.
A grandeza de um time também se mede pela preservação da sua memória e de suas conquistas.
Conhecido como "Campeonato Farroupilha", por ter sido disputado no ano do Centenário da Guerra dos Farrapos, o título foi obtido no Grenal que marcou a despedida de Eurico Lara dos gramados.
Verdadeira legenda tricolor, titular do Grêmio durante cerca de 15 anos, Lara já estava doente, com problemas pulmonares, e teve que ser substituído no intervalo, depois de passar mal. Saiu direto para o hospital, onde faleceria dias depois.
Na decisão de 22 de setembro de 1935, no estádio da Baixada, o Inter entrou com a vantagem do empate, conseqüência de uma derrota do Grêmio para o Força e Luz na rodada anterior. Para piorar a situação gremista, a doença de Lara se agravaria e os médicos não queriam que ele jogasse.
Contam que a confiança colorada era tão grande que um colorado se deu ao trabalho de recolher 11 cachorros de rua e pintá-los de vermelho. O plano era soltar a cachorrada em pleno campo do rival para fazer farra após a conquista do troféu.
Apesar do favoritismo colorado, o primeiro tempo terminou sem gols. O drama gremista aumentou no intervalo. Com fortes dores no peito, Lara foi substituído por Chico.
Veio o segundo tempo e o Grêmio não encontrava o caminho para chegar ao gol de Penha. O zero a zero era suficiente para o adversário. Na época, cada tempo tinha 40 minutos. Faltavam três para a partida terminar quando o Grêmio teve uma falta na intermediária.
Reza a lenda que o também lendário Foguinho se aprioximou do companheiro Mascarenhas e mandou ele levantar na área colorada: - Levanta no meio da área que o Risada vai tirar e eu vou pegar o rebote, teria afirmado.
Verdade ou mito, foi o que aconteceu. Mascarenhas levantou na área, Risada fastou e Foguinho apanhou o rebote. Chutou de pé esquerdo, da meia lua da área, sem deixar a bola cair no chão. Um petardo indefensável. Direto para a rede colorada.
Desesperados, os jogadores do Internacional deram a saída sem muita atenção. Permitiram que Foguinho retomasse a bola e partisse rapidamente para o ataque. O goleiro Penha saiu tentando fechar o ângulo. Foguinho, então, rolou para Laci, que só teve o trabalho de fazer 2 x 0.
A festa começou no campo e entrou noite adentro na Baixada. Emocionado, ao técnico Sardinha sugeriu que o título fosse comemorado todos os anos dali para frente. É por isso que desde 1935, a cada 22 de setembro, o Grêmio realiza, dentro de sua programação de aniversário, o Jantar Farroupilha.
Outra curiosidade sobre o assunto é que muita gente pensa que a festa lembra a conquista do estadual daquele ano, quando o título foi municipal. Naquela época, o Gauchão era decidido entre o campeão de Porto Alegre e o campeão do Interior.
O Grêmio venceu o citadino, mas perdeu o regional para o 9º Regimento, de Pelotas. Mais adiante, quando precisou mudar de nome por ordem do governo Vargas, o time pelotense adotou a denominação Farroupilha também em homenagem à conquista de 1935, no Centenário da Revolução Farroupilha.
A grandeza de um time também se mede pela preservação da sua memória e de suas conquistas.
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